Instruções
Este exame é realizado apenas em domicílio.
Obrigatório apresentar pedido médico.
O material biológico para o diagnóstico molecular de Monkeypox vírus (MPXV) em paciente com suspeita de infecção deverá ser da secreção de vesícula (fluidos da lesão) e da crosta de lesão, sendo a secreção da vesícula, a amostra preferencial (maior carga viral). Se não houver lesão não há material a ser coletado.
Outros tipos de espécimes como por exemplo, swab de orofaringe e swab retal e⁄ou genital poderão ser coletados caso o paciente tenha lesões apenas nesses locais.
Monkeypox (varíola de macaco) é uma doença de notificação compulsória. O médico assistente deverá fazer a notificação pelo link: https:⁄⁄redcap.saude.gov.br⁄surveys⁄?s=YC4CFND7MJ de todos os casos suspeitos.
Não é necessário encaminhar a notificação.
Os casos positivos (detectados) serão informados às autoridades competentes (vigilância epidemiológica) pelo Hermes Pardini.
Jejum
Não é necessário.
Coleta:
utilizar swab de rayon estéril e tubo de transporte do Pardini.
Nos casos de coleta de amostras distintas de um mesmo paciente (secreção de vesícula e crosta), cadastrar apenas um pedido.
A coleta deverá ser realizada seguindo todos os cuidados relacionados à biossegurança, com a utilização de todos os EPIs fornecidos (máscara N95, óculos de proteção, avental descartável e luvas).
Secreção de vesícula (fluidos da lesão): dois swabs (sintéticos estéreis; Rayon), um de cada lesão, devem ser coletados para teste e acondicionados em um único tubo.
Crostas de lesão: devem ser enviadas em tubo distinto do utilizado para secreção de vesícula. Podem ser enviadas várias crostas no mesmo tubo.
Lesão única: pode ser encaminhado apenas 1 tubo com material de lesão única quando NÃO houverem outras lesões.
Crostas e secreções NÃO podem ser encaminhadas no mesmo tubo. Enviar um tubo por pedido.
Swab de lesões e crostas, deverão ser cadastrados em 2 pedidos distintos sendo, portanto, liberados dois laudos.
***Envio do material:***
A amostra deve ser encaminhada sozinha na bag de amostras refrigeradas.
Não encaminhar junto com outras amostras.
*Importante: sinalizar a bag com o adesivo de prioridade.
Secreção de vesícula (fluidos da lesão):
Dois swabs (sintéticos estéreis; Rayon), um de cada lesão, devem ser coletados para teste e acondicionados em um único tubo.
Desinfete o local da lesão com álcool 70% e aguarde secar.
Em seguida, esfregue a lesão vigorosamente utilizando o swab seco, para garantir que o DNA viral adequado seja coletado.
Conforme recomendação do CDC, por biossegurança, não é necessário romper a vesícula.
Como as lesões são frágeis, o ato de esfregar o swab na lesão íntegra, pode rompe-la. Se isto acontecer, recolha todo o líquido da vesícula com o swab.
Insira o swab em tubo seco (13x75mm) com vedação e que possa ser enviado nas condições exigidas.
Repita o procedimento em uma segunda lesão preferencialmente de diferente local do corpo ou que sejam diferentes na aparência e insira no mesmo tubo.
Em vesículas já abertas, esfregar o swab na região mais profunda da lesão, evitando áreas de necrose.
OBS: Havendo APENAS lesões na região oral ou anal, pode-se utilizar o swab para coleta dessas secreções.
Coleta de orofaringe:
Posicionar a cabeça do cliente para trás;
Retirar a máscara de procedimento do cliente;
Posicionar o abaixador de língua, introduzir um swab no fundo da garganta e coletar a secreção das lesões;
Inserir o swab em tubo seco (13x75mm) com vedação para que possa ser enviado nas condições exigidas.
Coleta anal:
Introduzir o swab entre 2 e 3 cm na região anal e girá-lo para retirar as células da parede anal.
Inserir o swab em tubo seco (13x75mm) com vedação para que possa ser enviado nas condições exigidas.
Repetir o procedimento pois são necessários 2 swabs de cada sítio.
Crosta de lesão
Devem ser enviadas uma ou mais crostas no mesmo tubo.
Raspado ou fragmento da lesão em fase inicial de cicatrização deve ser coletado para teste.
Desinfete o local da lesão com álcool 70% e aguarde secar.
Em seguida, com a ajuda de uma agulha, pinça ou bisturi retire a crosta de lesão e insira em tubo seco (13x75mm) com vedação e que possa ser enviado nas condições exigidas.
Optar preferencialmente pelas lesões menos secas.
Lesão única
Pode ser encaminhado apenas 1 tubo com material de lesão única quando não houverem outras lesões.
Conservação Apoio
– Até 7 dias refrigerado entre 2 e 8°C.
Volume Mínimo
1 tubo contendo 2 swabs de secreção de vesículas distintas (fluidos da lesão).
1 tubo contendo crostas de diferentes lesões.
1 tubo contendo 1 ou 2 swabs de orofaringe (ver item – coleta).
1 tubo contendo 1 ou 2 swabs retal e⁄ou genital (ver item – coleta).
Volume Recomendável
2 tubos contendo 1 Swab da secreção de vesícula (fluidos da lesão) em cada um.
2 tubos contendo 2 Crostas de lesão em cada um.
1 tubo contendo 1 Swab da secreção de vesícula (fluidos da lesão) e 1 tubo contendo 2 Crostas de lesão.
2 tubos contendo 1 Swab de orofaringe (ver item – coleta) em cada um.
2 tubos contendo 1 Swab retal e⁄ou genital (ver item – coleta) em cada um.
Comentários
A Monkeypox (MPX) é uma doença causada pelo vírus Monkeypox do gênero Orthopoxvirus da família Poxviridae. Antes do surto de 2022, a MPX havia sido relatada em pessoas em vários países da África Central e Ocidental, sendo o primeiro caso humano registrado em 1970. A transmissão ocorre de pessoa para pessoa através do contato direto com as lesões ou fluidos corporais, secreções respiratórias (contato prolongado) e objetos contaminados. Habitualmente, é uma doença autolimitada com duração de 2 a 4 semanas. Após a infecção, há um período de incubação de aproximadamente 1-2 semanas, assintomática e não transmissível, desenvolvimento de erupções cutâneas, simultaneamente, em qualquer parte do corpo, acompanhadas de linfadenopatia e sintomas sistêmicos (febre, mal-estar, cefaleia, mialgia e fadiga). As lesões se desenvolvem em diferentes estágios (máculas, pápulas, vesículas, pústulas e crostas), antes da cicatrização. A interrupção do contágio ocorre quando todas as lesões estão reepitelizadas. A confirmação da infecção é feita pela detecção de DNA viral por teste de amplificação de ácido nucléico (NAAT), usando reação em cadeia da polimerase (PCR) em tempo real ou convencional.
