Material
Sangue.
Palavras Chave
Alcool metilico
Jejum
Não é necessário.
Condições
Plasma (Fluoreto).
Coleta Apoio
– A amostra deve ser centrifugada, separada e congelada imediatamente após a coleta.
– Enviar preferencialmente em tubo de transporte fornecido pelo Hermes Pardini.
– Ao transferir à amostra para o tubo de transporte recomenda-se respeitar a quantidade de 4mL para evitar quebra do frasco durante o processo de congelamento, e diminuir a volatilidade da amostra.
Volume Mínimo
2,5 ml.
Volume Recomendável
4,0 ml.
Interferentes
A ingestão concomitante de bebidas alcoólicas aumenta ligeiramente a concentração do metanol.
Questionário
Informar se o paciente é exposto.
Critérios de Rejeição
Amostra hemolisada.
Amostra descongelada.
Comentários
O metanol pode ser encontrado em tintas, vernizes, solventes, soluções de formaldeído (formol) e fluidos automotivos. Na exposição ocupacional aos vapores de metanol, a absorção ocorre principalmente por via respiratória, embora possa ocorrer também a absorção cutânea. Intoxicações também podem ser decorrentes de ingestão acidental ou proposital.
A sua toxicidade elevada se deve à metabolização em formaldeído e ácido fórmico. Os altos níveis deste metabólito são responsáveis pela característica acidose metabólica com ânion gap aumentado e pela toxicidade ocular.
O quadro clínico clássico de intoxicação por metanol é caracterizado por depressão do Sistema Nervoso Central, seguida de período de latência de 10 a 30 horas, geralmente oligossintomático ou assintomático.
Após este período, tem início quadro de náuseas, vômitos, adinamia, dor abdominal, dificuldade respiratória e alterações visuais, acompanhadas de acidose metabólica que se manifesta clinicamente por hiperventilação. A dosagem sérica de metanol pode definir o diagnóstico. Eventualmente, o paciente pode ser atendido quando os níveis séricos de metanol já estão em concentrações mínimas ou ausentes.
Dez a 20% do metanol é eliminado pelos pulmões, 3% pelos rins e até 60% é oxidado. O etanol inibe competitivamente o metabolismo do metanol, sendo uma das formas de tratamento da intoxicação. Para monitorização da exposição ocupacional ao metanol, são utilizadas dosagens urinárias após a jornada de trabalho.
Em indivíduos não expostos, as concentrações urinárias de metanol são geralmente inferiores a 5 mg⁄L. É importante ressaltar que o metanol é um produto do metabolismo endógeno e pode estar presente na dieta em baixas concentrações. Fonte do valor de referência: United States Environmental Protection Agency – Toxicological Review of Methanol.Washington, DC. September 2013.