VOLUME RECOMENDÁVEL
-Colher urina diretamente no frasco fornecido pelo laboratório. Manter sob refrigeração.
TEMPO DE JEJUM
-Jejum não obrigatório
COMENTÁRIOS PRODUÇÃO
-A pesquisa de eosinófilos na urina auxilia no diagnóstico da nefrite intersticial aguda. Cistite, pielonefrite, prostatite necrose tubular aguda, glomerulonefrite e doença aterosclerótica renal podem estar associadas à presença de eosinófilos na urina. A nefrite intersticial aguda (NIA) é definida por perda aguda de função renal secundária à inflamação e edema do interstício renal. As causas mais frequentes são exposição a drogas, infecções e dano associado a doenças imunes ou neoplásicas. A NIA secundária ao uso de medicações não depende da dose utilizada e pode tornar-se evidente após duas semanas ou mais após o início da exposição. A patotologia da NIA caracteriza-se por infiltrado inflamatório no interstício renal, tipicamente constituído de mononucleares e linfócitos T, com número variável de plasmócitos e eosinófilos. Edema difuso também se encontra presente. Os glomérulos e vasos renais não são afetados, embora a lesão secundária ao uso de anti-inflamatórios não-esteróides (AINEs) esteja associada a dano glomerular. Infiltrado peritubular e invasão da membrana basal tubular podem ocorrer, dificultando o diagnóstico diferencial com necrose tubular aguda. A patogênese envolve mecanismos imunológicos, provavelmente desencadeados por antígenos. A apresentação clínica da NIA é não específica. Pode haver sintomas de insuficiência renal aguda, como oligúria, mal-estar, anorexia, náuseas e vômitos, os quais geralmente iniciam dentro de três semanas após o início da medicação. A apresentação laboratorial inclui elevação dos níveis de uréia e creatinina séricos, anemia e eosinofilia. Também pode haver elevação dos níveis séricos de IgE.