SINÔNIMO:
IGE ESPECÍFICO (K74) – SEDA CULTIVADA
BOMBYX MORI
ATENDIMENTO:
É obrigatória a apresentação do pedido médico, da carteira de identidade oficial do (a) cliente e a apresentação de eventuais outros documentos exigidos pelo convênio.
TIPOS DE AMOSTRA:
Soro
TUBO(S) DE COLETA:
Tubo com gel separador:
POSSIBILIDADE DE URGÊNCIA: NÃO
REALIZAÇÃO:
Diariamente – Segunda a Sábado
VOLUME MÍNIMO:
2,0 mL.
MÉTODO:
IMMUNOCAP – (FEIA – FLUOROENZIMAIMUNOENSAIO)
INSTRUÇÕES DE PREPARO:
Não é necessário jejum ou cuidados especiais.
INSTRUÇÕES DE COLETA E PREPARAÇÃO DAS AMOSTRAS PARA ANÁLISE:
Tubo com gel separador:
Homogeneizar imediatamente após a coleta e manter o tubo em repouso verticalmente para a completa retração do coágulo em temperatura ambiente, para evitar hemólise. Após este período, centrifugar a amostra para obtenção do soro (sobrenadante) e acondicionar corretamente conforme estabelecido para o exame.
TRANSPORTE:
Transportar refrigerado (2°C a 8°C).
ESTABILIDADE:
A amostra é estável por 7 dias refrigerada de 2°C a 8°C ou por até 1 ano congelada.
INSTRUÇÕES DE REJEIÇÃO:
Amostras recebidas diferente das condições solicitadas em guia.
INTERPRETAÇÃO
Alérgenos são substâncias geralmente de natureza proteica, que causam doenças alérgicas através de mecanismo mediado pela Imunoglobulina E (IgE). Quando estes alérgenos encontram-se, no local de trabalho, dizemos que se trata de um alérgeno ocupacional.
Clinicamente, os trabalhadores expostos podem desenvolver alergias ocupacionais respiratórias ou cutâneas, destacam-se a asma, rinite, conjuntivite alérgicas, dermatite de contato, pneumoconioses (antracose, silicose, asbestose) e em alguns casos extremos, anafilaxia. Os agentes causadores podem diferir na apresentação clínica, no tipo de reação produzida, além das características das pessoas envolvidas, e o tipo de ocupação.
A sericicultura ou sericultura é a atividade consiste na criação do bicho-da-seda (Bombyx mori) para a produção de casulos que serão utilizados como matéria-prima na produção de seda. O alérgeno da mariposa do bicho-da-seda (Bombyx mori) é capaz de desencadear sintomas de asma e rinite alérgica, principalmente na exposição ocupacional. Durante a criação do bicho-da-seda, os trabalhadores estão expostos diretamente aos seus antígenos inaláveis, presentes desde a seleção até a eclosão dos casulos, quando há contato com poeira das asas das mariposas. Estes alérgenos podem desencadear diversas manifestações que incluem asma e rinoconjuntivite. Os alérgenos relacionados foram provenientes de casulos e urina do bicho-da-seda, e excreções e escamas das asas das mariposas. A mariposa do bicho-da-seda tem reatividade cruzada com outras espécies de mariposas e borboletas, e foi comprovado que pacientes com doenças alérgicas respiratórias podem também desenvolver sintomas a partir da exposição ambiental aos seus alérgenos, não somente após contato com antígenos no local de trabalho.
A presença de IgE detectável não indica, necessariamente, doença alérgica, tampouco a sua ausência a exclui. Não há como interpretar a dosagem de IgE específica dissociada da anamnese e de outros exames complementares.